19 setembro 2006

Black Holes and Revelations

Antes de mais quero saudar o caro leitor e os meus companheiros de viagem nesta aventura musical. Apenas prometo que tudo farei para que ser o mais imparcial possivel de modo a que a verdade que interessa, a musical, prevaleça mas também aviso o caro leitor que isso me vai ser um pouco dificil pelo que desde já aviso para não se espantar com algum "pontapé" na dita imparcialidade.

Nesta minha primeira participação no blog venho falar dum album que apesar de já cá andar há algum tempo ainda pode ser classificado como novidade e que merece, sem qualquer dúvida, uma referência significativa: Black Holes and Revelations dos Muse.
Uma questão despontou no meu pensamento aquando desta análise: terei eu competência na matéria para vir falar deste album? É que ele, a meu ver, constitui uma incursão da banda no mundo do Rock Alternativo e do Neo-ProgRock numa escala completamente nova e provavelmente eu não sou o membro deste blog que está mais habilitado a falar sobre esta área. No entanto, o meu relativo distanciamento em relação a este mundo levou-me a concluir que em virtude disso teria toda a legitimidade para o fazer.
Em primeiro lugar, existem duas coisas a salientar neste novo album dos Muse que são o seu cariz marcadamente progressivo - mesmo em relação aos padrões da banda - e, a meu ver, a clara afirmação da "ditadura" Bellamy no processo criativo da mesma. De facto, todas as músicas deste album são unicamente da autoria do Guitarrista/Vocalista Matthew Bellamy tal como já acontecera em "Showbiz" e "Origin of Symmetry" sendo a excepção o anterior album "Absolution" em que toda a banda participou na sua criação - será provavelmente por isso e pelo relativo "falhanço" do mesmo que desta vez regressou-se à táctica vencedora, ou seja, deixem o Bellamy trabalhar. É certo que o trio enquanto banda está mais coeso e com uma sonoridade mais amadurecida que nunca mas penso que esse amadurecimento deve-se sobretudo ao amadurecimento (passe a repetição) de Matthew Bellamy enquanto músico e que fazem dele uma figura cada vez mais eminente da cena Rock mundial.
Quanto ao album propriamente dito, é de salientar o seu cariz marcadamente electrónico sendo o uso de sintetisadores e o protagonismo da percussão uma constante em todo o album - quem ouvir pela primeira vez a faixa 4, "Map of The Problematique" pensará sem dúvida que está a ouvir uma qualquer música dos Depeche Mode - e a voz única de Bellamy que dota a música de uma originalidade e sonoridade muito próprias.

Em suma, "Black Holes and Revelations" é sem dúvida o melhor album da banda até ao momento demonstrando que os Muse são finalmente uma entidade coesa, uníssona e amadurecida e que estão aí para no futuro ascenderem ao plano mais alto da cena Rock mundial. Dão também mais um passo no sentido de calar os "entendidos na matéria" que os acusavam de serem uma imitação de 3ª categoria dos Radiohead. Como disse um dia um futebolista da nossa Superliga: Radiohead é Radiohead, Muse é Muse...

Sugestões: Starlight, Supermassive Black Hole e Knights of Cydonia.

17 setembro 2006

Intro

Começa com este post a aventura de quatro amigos no Mundo da blogosfera. Uma aventura que terá como missão a música. Digo bem, a música.
-----
Será sempre ela o alvo das nossas intenções e dos nossos esforços, a razão dos nossos comentários, avaliações, críticas, recomendações ou condenações.
-----
Creio falar por todos quando digo que amamos a música. Nenhum de nós consegue viver sem ela e por isso achamos fazer sentido criar um blog dedicado à música e à expressão da mesma.
-----
Como é evidente, nem todos nós gostamos dos mesmos artistas nem dos mesmos géneros. Há uns que preferem o som electrónico e outros o acústico; há quem goste do rock puro e outros do progressivo; enfim, não somos iguais e aí residirá a força deste espaço.
-----
Nenhum dos colaboradores deste blog avaliará um álbum da mesma maneira, nem recorrerá às referências quer musicais, quer editoriais. A riqueza deste espaço estará assente neste princípio de discordância que conduzirá, sem dúvidas, a um blog forte e variado, que satisfaça diferentes gostos e apetites musicais.
-----
Neste local procuraremos dar a conhecer aos visitantes aquilo que de melhor se faz nos dias de hoje, sem nunca ignorar o passado.
Os motivos que nos levam a não abandonar alguma da música feita em anos transactos são simples: não ignoramos a força que alguns dos sons dos anos 60, 70 e 80 tiveram nas melhores produções dos dias de hoje; nem tão pouco pretendemos esconder o facto de, a certos níveis, a música feita nesse tempo continuar tão fresca, contemporânea e palpitante como no ano em que saiu. Por isso, achamos ser impensável criar nos dias de hoje um blog de música e, ao mesmo tempo, ignorar o passado.
-----
Neste blog faremos muito mais do que “criticar” álbuns e singles; faremos a nossa apreciação de vídeoclips, apresentação de biografias e discografias e muitas mais…
-----
Tentaremos criar um espaço interessante, convidativo, actual e de discussão. Porém, para assegurar a realização de todos esses objectivos precisaremos dos nossos leitores e dos seus comentários. Por isso, fica desde aqui lançado o repto a todos vós para participarem no "The Music Speaks", pois juntos contribuiremos para uma maior e mais profunda discussão musical.
-----
Afinal de contas, “music was our first love”….